Por: Estêvão Chavisso( texto), Baptista Antônio (Foto) e Emmy Chen ( video)

Dondo, 13 Nov. de 2025 – Um programa de produção agrícola promovido por voluntários da Fundação de Caridade Tzu Chi Moçambique prevê produzir mais de mil toneladas de produtos para alimentar alunos e pacientes internados, durante a campanha agrícola 2025- 2026.

“Trata-se, por agora, de uma produção para fins humanitários. A nossa intenção é garantir que a produção alimente os nossos programas de apoio a alunos nas escolas e também beneficie doentes internados em hospitais”, explicou Dino Foi, Presidente da Fundação de Caridade Tzu Chi Moçambique, num dia em que é lançada a campanha agrícola 2025-2026.

As mais de mil toneladas de produtos alimentares vão ser produzidas no espaço de quase 100 hectares em Mecuzi, no interior de Sofala, província que concentra a maior parte dos projectos da Tzu Chi em apoio às comunidades afectadas pelo Idai, em 2019.

Os principais produtos são hortícolas e cereais, alimentos que são posteriormente distribuídos entre as escolas construídas pela Tzu Chi em Sofala, no âmbito do projecto “refeições quentes”, um programa de distribuição de lanche escolar que visa reduzir o absentismo escolar.

No total, nesta campanha agrícola que agora começa, a Fundação de Caridade Tzu Chi prevê abranger mais de sete mil crianças no âmbito deste programa.

“O impacto deste programa na redução dos níveis de absentismo escolar foi quase instantâneo. Nossa intenção, ao implementar a iniciativa nas escolas por nós construídas, era garantir não só condições condignas em termos de infraestruturas, mas também alimentar estes menores, que muitas vezes não têm o que comer”, frisou o Presidente da Tzu Chi.

Além de alimentar os alunos nas escolas, a produção do campo agrícola de Mecuzi também serve para apoiar os hospitais com alimentos para doentes internados, com destaque para o Hospital Rural de Nhamatanda, que, em média, por dia, recebe pelo menos, 60 pessoas para internamento

Com o arranque da nova campanha agrícola, a ambição desta fundação de princípios budistas agora é garantir a sustentabilidade desta produção agrícola para fins humanitários, tendo, nesse contexto, começado a apostar na produção da castanha de caju.

“Queremos agora apostar na cadeia de valor das amêndoas, neste caso a castanha de caju, que vai ser um programa de comercialização para garantir a sustentabilidade para as nossas actividades e programas. Já temos uma primeira colheita e que está a ser apresentada aqui no arranque oficial da campanha agrícola”, declarou Arsénio de Sousa, gestor no programa de produção agrícola de Mecuzi, falando durante a cerimónia de arranque da campanha agrícola 2025-2026.